venerdì 23 agosto 2024
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giovedì 22 agosto 2024
Você Me Pertence - Primeiro capítulo
Ginevra Rinaldi nunca soube o que era liberdade. Vivendo em uma gaiola de ouro, sufocante e cheia de regras ditadas por seu pai, ela está acostumada a obedecer e sofrer as punições da família por qualquer ato de rebelião.
Lorenzo Orlando abdicou o seu lugar como herdeiro da família Orlando para ter a liberdade de ser e fazer o que quisesse, até mesmo arriscando a própria vida por isso. No entanto, hoje ele é um homem respeitado e o dono do local mais prestigiado de Rockart City, o Bridge.
Determinada a romper com as barreiras e as regras de sua família, Ginevra acabará na cova do lobo. O que acontecerá quando ela for enlaçada pelo olhar penetrante de Lorenzo e descobrir que não pode mais escapar dele? Quanto tempo levará para Ginevra se tornar sua presa?
1
gINEVRA
— Não sei, Maya. Talvez seja melhor
esquecermos disso — sussurrei, tentando acalmar a ansiedade que estava começando
a sentir.
— Ginevra, vamos lá, deixe-se levar, pelo
menos uma vez! Você não está cansada de sempre ter que obedecer às regras de
sua família? Não me diga que uma parte de você não está louca para se rebelar e
se divertir como todas as garotas da nossa idade!— bufou minha amiga.
Claro que queria! Mas não era tão fácil
para quem tem o sangue italiano Rinaldi nas veias.
Ser filha de um chefão da máfia
significava ter uma vida predeterminada, cercada por um conjunto de regras e
limites ditados por um pai, que era o meu comandante para todos os efeitos.
Embora eu fosse a filha mais nova, não era
de forma alguma mais livre e todo erro ou transgressão sempre era punido com
severidade. É por isso que aprendi desde muito cedo a respeitar os desejos da
minha família.
Sempre me comportei exemplarmente, mas nos
últimos anos, desde que comecei a faculdade, comecei a me ressentir das regras
rígidas de meu pai e da mania de perfeição da minha mãe.
Tudo mudou quando conheci uma realidade
tão vasta como a universidade, com alunos que não eram selecionados e avaliados
da mesma forma que as alunas da escola católica que eu havia cursado até então.
Aprendi que havia estilos de vida
diferentes e que, sem a presença do meu pai no conselho escolar, ninguém se
importava que eu fosse uma Rinaldi.
Pela primeira vez na vida, me permiti ser
eu mesma e abraçar novos ideais, mesmo que meu pai os detestasse.
Nos últimos dois anos, eu havia me tornado
a ovelha negra da família, aquela a ser evitada ou tratada como uma coitada
desajustada, mas a verdade é que nunca me senti tão viva antes.
Eu havia quebrado aos poucos as pequenas
correntes que me prendiam à família, mas ainda estava extremamente longe da
liberdade total e de fazer o que queria, como tomar uma decisão clara sobre meu
futuro sentimental ou profissional.
Até então, eu tinha me limitado a assistir
Maya, filha do contador da propriedade Rinaldi e minha única amiga, enquanto
ela violava as regras de sua família, que seguiam servilmente as regras de meu
pai.
Eu sentia inveja de Maya toda vez que ela
me ligava, pedindo para a encobrir, quando ela queria se encontrar com amigos
que seus pais não gostavam ou quando estava namorando um garoto.
Sempre admirei a bravura com a qual
desafiava os desejos de sua família.
Muitas vezes, quis ser como ela, mas o
peso do meu sobrenome sempre me impediu.
No entanto, Maya estava certa: eu não
poderia continuar assim. Tinha acabado o último ano de faculdade e ainda não
tinha sentido a emoção de uma pequena escapadela, de um encontro secreto com um
menino ou de fazer qualquer besteira que fosse, como uma saída à noite com
gente que não conhecia.
— Certo, eu topo — exclamei com
entusiasmo, com a voz ainda cheia de apreensão.
— Você verá que vai ficar tudo bem. Já fiz
isso centenas de vezes e posso garantir que nunca tive problemas — tranquilizou
Maya.
— Só tenho medo de que alguém me reconheça
ou que meu pai descubra.
— Tomei todas as precauções necessárias.
Olhe aqui, — disse ela, me entregando uma peruca loira ondulada.
— Você está brincando, não é?
— Querida, você é filha do dono de metade
de Rockart City. Nem pense que pode sair por aí sem chamar atenção.
— Ninguém mais sabe quem eu sou. Há dois
anos meu pai não me inclui mais em suas reuniões e nem mesmo me convida para
suas cerimônias de posse. Agora, as pessoas pensam que ele só tem dois filhos e
não três. Não apareço mais ao seu lado desde que me tornei vegetariana e
comecei a falar sobre direitos civis.
— Ele ainda não te perdoou por ser
vegetariana? — riu Maya.
— Não, quando comemos juntos, ele sempre
garante que eu tenha um bife no prato, que descarto todas as vezes, deixando-o
furioso. Agora, na maioria das vezes, como sozinha no anexo para onde me
rebaixaram — disse desanimada. Era difícil nunca se sentir aceita pela família.
— Ótimo! Lá você pode ficar sozinha e
fazer o que quiser!
— Mais ou menos. Lembre-se de que há
câmeras por toda a casa e os seguranças estão sempre presentes. Não há
privacidade e muitas vezes me pergunto se algum dia serei capaz de me
desvincular de vez da minha família e viver minha própria vida. Eu gostaria de
encontrar um emprego, me casar com um homem que eu amasse…
— Enquanto você estiver em Rockart City,
isso nunca vai acontecer. Nada acontece na parte leste do rio Safe sem a
permissão de seu pai… sua única esperança é ir para bem longe daqui, para um
lugar bem longe do alcance do seu pai, porque você também sabe muito bem que
ele nunca vai deixar você fazer o que quiser. Ele fará de tudo para impedi-la
de trabalhar, para que nunca consiga ser responsável por suas próprias finanças
e terminar cortando o cordão umbilical que ainda a acorrenta a ele com plenos vinte e três anos!
— E ele certamente não me deixaria casar
com quem eu quisesse.
— Nem sonhando! Ginevra, pense em todos os
relacionamentos amorosos que você teve até agora.
— Eu só tive um. Durou três dias, e foi no
meu último ano do ensino médio.
— Daniel Spencer, certo?
— Sim. Eu mal consegui dar meu primeiro
beijo nele, antes de saber que ele e toda a sua família haviam sido exilados
para sempre de Rockart City.
— Tudo isso por causa de um beijo… pense
no que teria acontecido se tivessem dormido juntos.
— Eu teria acabado nas masmorras do
castelo como prisioneira de guerra — ri baixinho, embora na realidade sempre
achei que esse seria realmente o meu destino. Eu ainda não tinha esquecido a
explosão e a bofetada que o meu pai me deu quando descobriu que eu tinha uma
queda pelo filho de David Spencer, o homem que o fez perder um acordo dois anos
antes.
Edoardo Rinaldi era um homem que guardava
rancor para o resto da vida.
— Bem, eu posso garantir que nada vai
acontecer com você desta vez e seu pai nunca vai descobrir — animou Maya, vindo
por trás e colocando a peruca loira sobre meu cabelo castanho que batia no
ombro.
Eu olhei no espelho, acabei rindo pois
estava irreconhecível com todo aquele delineador preto e cabelo loiro que
chegava à minha cintura. Além disso, o vestido que Maya me fez usar era o
completo oposto do meu visual “comportado” de sempre.
Aquele vestido vermelho sem alças e a
jaqueta de couro preta com mangas três quartos me devam uma aura de mulher
cosmopolita, dinâmica e pecadora. Tudo o que eu não era.
— Seu pai não vai te questionar sobre
todas essas compras? — perguntei surpresa.
— Meu pai não é tão cauteloso quanto o
seu, mas ele verifica todas as minhas compras com cartão de crédito e minha mãe
entra no meu closet uma vez por mês se meu pai reclamar do extrato bancário.
— Sua mãe é igual à minha. Você não acha
que ela vai te repreender por essas compras extravagantes?
— Minha mãe não sabe nada sobre a minha
segunda vida. Tenho um acordo com a vendedora. Ela deixa que eu experimente
essas roupas em casa por um dia e eu as
levo intactas na tarde seguinte, quando vou trocá-las por outras mais
adequadas ao gosto da minha mãe — revelou Maya, mostrando-me a etiqueta ainda
presa ao vestido, antes de escondê-la dentro do decote, na axila direita.
— Você é brilhante!
— Eu sei, mas lembre-se de ter cuidado com
este vestido, porque amanhã tenho que levá-lo de volta à loja e deve estar em
perfeitas condições.
— Prometo!
— Bem, então vamos nessa. A empregada me
emprestou as chaves do carro que usa para fazer as compras e, do jeito que
estamos agora, ninguém vai nos reconhecer quando sairmos. Nem mesmo o
guarda-costas que te trouxe aqui e que está vigiando do estacionamento do lado
de fora do portão.
— Espero que sim, senão estou morta.
— Por precaução, vamos deixar os celulares
aqui, para que o sinal do GPS não atrapalhe nosso plano. Além disso, levaremos
apenas dinheiro e o documento falso que dei a você. Lembre-se que esta noite eu
não sou Maya Gerber, mas Chelsea Faye e você não é Ginevra Rinaldi, mas sim Mia
Madison de Los Angeles.
— Você pensou em tudo, hem?
— Ginevra, depois de cinco anos de fugas
secretas, eu poderia até escapar de uma prisão — riu Maya, aliviando a tensão.
Você está em minhas mãos - Primeiro capítulo
Quando Kendra decidiu enganar Alexej, ela sabia que estava correndo um grande risco, pois o homem era muito cruel e poderoso o suficiente para a fazer pagar caro pelo menor dos erros. Um passo em falso era tudo o que bastava para que ela perdesse qualquer chance de conseguir o que queria. Meses se passaram desde o encontro e, de repente, tudo desmoronou devido a uma traição que acaba pondo em risco a vida de Kendra e trazendo à tona todas as suas mentiras e falsidades. O confronto tinha chegado e Alexej estava pronto para destruí-la. No entanto, quando enfim ele consegue tê-la em suas mãos, ele descobre que a mulher não se lembra mais quem ela é ou o seu passado. Um passado que esconde segredos que ele precisa desvendar. Agora, ele só tinha duas escolhas: se vingar ou manter aquela mulher perigosa ao seu lado, vigiando cada passo até que ela recuperasse a memória.
CAPÍTULO 1
KENDRA
— Danielle, venha aqui
— ordenou Aleksej com sua maneira arrogante de sempre, me deixando bastante
nervosa.
Eu queria muito dizer
não, que eu não faria o que ele queria, mas eu sabia que se quisesse continuar
na comitiva dele, essas palavras eram proibidas.
Estampei o meu melhor
sorriso e me aproximei calmamente. Eu medi cada passo com uma lentidão
calculada, continuando a desafiá-lo ao olhar diretamente em seus olhos, mesmo
sabendo o quanto esse gesto acabava com sua já limitada paciência.
Em vez de parar na
frente dele, como ele desejava, relaxei encostando em sua enorme mesa de mogno
e deixei minhas mãos vagarem pelos documentos empilhados atrás de mim.
Eu sabia que o estava
irritando com minha desobediência e gostava disso. Eu gostava desses pequenos
momentos de atrevimento, mesmo sabendo dos riscos que corria. No entanto, eu
não me importava e tinha certeza de que era mais fácil ganhar sua confiança graças
a esses gestos rebeldes do que com gestos mais condescendentes.
— Sente-se no meu colo
— ordenou ele, parecendo irritado.
Eu obedeci, segurando
um suspiro.
Na mesma hora, suas
mãos pousaram no meu corpo e seus lábios pressionaram meu pescoço.
Eu odiava sua boca,
especialmente depois de descobrir o prazer que ele podia me proporcionar, tanto
que comecei a sentir medo.
Medo de experimentar
sensações erradas que me confundiam e enfeitiçavam.
Eu queria escapar, mas
não podia.
Quando decidi me
aproximar daquele homem, sabia que teria que me rebaixar ao seu nível e me
tornar imprudente.
Mas eu assumi o risco.
Eu teria feito
qualquer coisa para chegar até ele e o que girava em torno dele, como aqueles
diamantes que estavam espalhados na caixa de veludo azul, aberta em sua mesa.
— Você gosta de
diamantes? — perguntou ele a certa altura, afastando-se de mim.
— Por que você está me
perguntando isso? — questionei, preocupada com aquela insinuação, enquanto
sentia suas mãos subirem por dentro da minha saia até o elástico da calcinha.
— Eu notei como você
não tirou os olhos deles desde que entrou no meu estúdio. Você parece muito
interessada — continuou ele, agarrando minha calcinha, apesar do meu aperto em
seu pulso enquanto tentava puxar sua mão para longe de mim.
— Na verdade, estou
interessada. Toda mulher adoraria se cobrir de joias — respondi, fingindo
indiferença, embora não conseguisse conter um suspiro quando senti o tecido de
renda da minha calcinha rasgar e arranhar minha pele.
Era sempre assim com
Aleksej. Aparentemente ele parecia focado no que estava dizendo, te deixando
alerta para suas palavras, mas então você descobria que ele já tinha terminado
a jogada e quando se deva conta, já era tarde.
— Você também? —
sussurrou ele no meu ouvido, beijando meu pescoço e começando a deslizar os
dedos entre minhas coxas pressionadas.
Eu estava tão
desconfortável e incapaz de raciocinar que não sabia mais se ainda estávamos
falando sobre diamantes, ou seja lá o que fosse.
— Claro — consegui
responder antes de ser pega por sua boca, que ele pressionou contra a minha com
violência e possessividade.
— Então por que nunca
te vi usando uma joia? — continuou Aleksej, sempre com aquela frieza que nunca
relaxava completamente e que me assustava. Eu o odiava por isso.
— O que posso dizer?
Nenhum homem jamais se deu ao trabalho de me dar uma — murmurei amargamente,
colocando minha mão perto da caixa de veludo azul-escuro, mas antes que eu
pudesse tocar nos diamantes, Alexej agarrou meu pulso e me trouxe de volta para
ele.
— Esses não são para
você — avisou ele severamente, me atingindo com seu olhar frio.
— Então, para quem
são? — perguntei, de repente curiosa.
— Não é da sua conta —
cortou ele, me agarrando pelos quadris e me inclinando sobre a mesa.
— Você também está
transando com outra pessoa? — perguntei rispidamente, tentando me libertar. Eu
não deixaria ninguém entrar no meu caminho ou me impedir de chegar aonde
queria.
— Está com ciúmes? —
Ele começou a rir.
— Eu não sou do tipo
que gosta de compartilhar. Você deveria saber disso.
— Nós só transamos uma
vez e você já está exigindo exclusividade?
Segurei a minha
resposta sobre o quanto me custou ter me entregado a ele voluntariamente e
quanto tempo as marcas das cordas com as quais ele me amarrou permaneceram em
meus pulsos.
Naquela altura achava
mais difícil esconder o medo de estar à sua mercê do que a falta de excitação.
A única coisa que me
dava forças para não acabar com tudo eram aqueles diamantes e a fonte de onde
eles vieram, a qual eu queria acessar também.
— Estou trabalhando
para você há oito meses — eu o lembrei.
— E…?
— Finalmente comecei a
pensar que eu era importante para você, mas em vez disso descubro que você tem
outra pessoa — disse usando um tom de voz enfurecido, fingindo indignação.
— O que você quer,
Danielle? — perguntou Aleksej em vez disso, não acreditando na minha explosão
de ciúmes. Para falar a verdade, a máscara de gelo que eu sempre usava me fazia
parecer desapegada e insensível a qualquer coisa e agora eu não passava a
mínima credibilidade com aquele drama de novela.
— Eu quero você —
sussurrei, prendendo-o com o meu olhar e colocando minha boca na dele
impetuosamente. Foi um beijo de raiva. Exatamente o que eu estava sentindo
naquele momento… Raiva por ter que dormir com ele e ter que mentir todos os
dias, quando na verdade tudo o que queria era ter acesso aos seus fundos
ilimitados, tomar posse de seus contatos e desaparecer de vez.
— Então se ajoelhe e
prove com sua boca — desafiou ele, enquanto suas mãos continuavam a me tocar.
— Eu não sou sua puta!
— rosnei, nervosa por não ser capaz de obter dele nem metade da informação que
queria e por sua maneira de me tocar e me excitar contra a minha vontade.
— O que foi, Danielle?
Você não está mais afim porque desta vez você não precisa me distrair de ser
pega metendo o nariz onde não deve? — sibilou ele no meu ouvido, agarrando meu
cabelo para puxar meu rosto e trazê-lo para mais perto dele.
Mordi o lábio inferior
com ansiedade e nervosismo.
Sim, ele tinha me
flagrado quando eu estava a um passo de descobrir quem era o seu contato. Eu me
lembrei do episódio que aconteceu três dias antes, naquele mesmo escritório.
Naquele momento
percebi que estava a um passo de estragar meu disfarce, tinha visto a
desconfiança de Aleksej em seus olhos e percebi que havia cometido um erro
imperdoável.
Minha única solução
para não ser expulsa e perder tudo o que tinha feito para chegar lá era
beijá-lo e dar a ele o que ele desejava desde a primeira vez que nos
encontramos.
Eu fui fodida contra
aquela estante de livros a três metros de distância.
A um ponto ele quis me
amarrar e pendurar em um gancho que se projetava da estante.
Eu sabia que ele tinha
sugerido isso para me testar e eu o deixei.
Consegui não mover um
músculo sequer, apesar do terror que senti correndo em meu sangue como um
veneno letal.
Eu deixei que ele me
tomasse em seus termos e sem repreendê-lo por seus modos rudes e selvagens.
E agora sentia que ele
faria da mesma forma.
Eu queria negar. Eu
sabia que ele recuaria se eu negasse, porque afinal ele era um cavalheiro, mas
sua insinuação pesou em mim como uma espada de Dâmocles e assim o deixei
continuar.
— Aleksej, você me
decepciona. Você não consegue distinguir uma mulher que quer te foder de uma
que quer te ferrar — provoquei, sabendo que tinha acabado de assinar minha
sentença.
— Você precisa é de
uma boa lição — sussurrou ele para mim com a voz rouca, me fazendo inclinar
para frente contra a mesa.
Ele me segurou firme
com uma mão ainda em meus cabelos, com a outra ele ergueu minha saia, abaixou
as calças e finalmente arrancou minha calcinha de vez.
Ele me fez abrir as
pernas e, antes de poder me erguer, senti-o me penetrar com uma única e
poderosa estocada, preenchendo-me mais do que eu poderia imaginar.
Eu soltei um grito de
susto.
Tentei me rebelar, mas
quanto mais resistia, mais seu membro me penetrava furiosamente e
profundamente.
— Eu adoro o jeito que
você está sempre tão molhada, pronta para me receber — murmurou ele com uma voz
rouca, aumentando a velocidade com que golpeava dentro de mim.
Eu odiava suas
palavras porque sabia que eram verdadeiras. Ninguém nunca tinha me fodido
assim, ao mesmo tempo em que o desprezava e aquilo me fazia sentir submissa e
inferior a ele, eu também gostava e me excitava mais do que estava disposta a
admitir.
De repente, senti suas
mãos deslizando em meus quadris até chegarem aos meus seios que saltavam do meu
decote.
Eu não podia vê-los,
mas senti seus dedos beliscando meus mamilos e torturando-os até ficarem
túrgidos e inchados, causando-me um desconforto agradável toda vez que
esfregavam na madeira da mesa a cada empurrão.
— Aleksej — sussurrei,
presa nas garras de um desejo cada vez mais incontrolável, enquanto sua mão
voltava para meu quadril e deslizava entre minhas coxas até meu clitóris, ao
qual ele dispensou o mesmo tratamento que meus mamilos.
Levou apenas alguns
segundos para o meu corpo se contrair devido ao orgasmo que me atingiu com a
violência de um tornado.
— Pare, por favor —
implorei, sentindo meu corpo inteiro em contrações em torno do seu pênis que
não parava de abrir espaço dentro de mim e sua mão que não paravam de me
provocar.
— Eu decido quando
parar — avisou ele de forma dura e inflexível. — Eu quero te fazer gozar de
novo.
— Não consigo — ofeguei
de tão exausta, enquanto meu corpo estava mais uma vez se deixando seduzir pelo
toque de Aleksej.
Em um ponto eu o senti
gozar dentro de mim.
Suspirei de alívio,
pensando que a tortura havia acabado e, em vez disso, encontrei-me ainda
inclinada para a frente, com uma mão de Aleksej no peito e a outra ainda no meu
clitóris.
Excitada por seu
orgasmo ainda latejando dentro de mim e seus dedos deslizando entre minhas
coxas, eu finalmente senti um novo e profundo orgasmo me atingir.
— Muito bem milaya —
sorriu ele, me libertando de seu corpo.
Me vesti rapidamente,
tentando apagar da memória o que tínhamos acabado de fazer.
Não tinha como salvar
a calcinha, então eu a joguei fora.
Enquanto isso, Aleksej
abriu uma gaveta da escrivaninha e tirou uma pequena caixa.
Ele me entregou.
— O que é isso? —
perguntei, pegando o pacote e me sentando em seu colo.
— Abra.
Obedeci e dentro
encontrei um anel de ouro branco e diamantes. O brilhante diamante central foi
enquadrado entre dois diamantes em formato de pera. Era um anel espetacular. O
mais lindo que já vi na vida.
— O que significa
isso?
— Você decide.
— Eu não sou uma prostituta
— disse, colocando o anel no meu dedo anelar direito avidamente.
— Eu não disse que
isso é um pagamento pelo seu desempenho.
— Não, mas você pensou
isso.
— Eu penso o que eu
quiser, e você pode fazer o mesmo nesse caso.
— Então eu aceito este
anel como uma proposta — desafiei, decidida a fazer de sua vida um inferno, igual
ao que eu estava vivendo naqueles meses ao lado dele.
— Uma proposta? Qual?
— Alexej de repente franziu a testa.
— De casamento! —
exclamei, incapaz de acreditar em minhas próprias palavras. Como fui ter uma
ideia dessas? Ou eu estava ficando louca, ou ficar perto daquele homem estava
me fazendo querer coisas que eu nunca quis em toda a minha vida.
— O quê?!
— Sim, aceito,
Aleksej. Eu me caso com você — continuei, saboreando plenamente a decepção que
apareceu em seu rosto, antes de cair na gargalhada.
Em resposta, ele me
expulsou: — Saia daqui! Tenho mais o que fazer.
— Eu também. Tenho um
casamento para preparar — ri.
Aleksej resmungou algo
em russo que mal consegui interpretar. Ele tinha acabado de dizer que só se
casaria comigo quando estivesse morto.
— Aleksej, querido,
você sabe que eu não entendo russo. Fale a minha língua, por favor.
— Eu disse para você
ir embora. Estou esperando uma pessoa e quero ficar a sós com ela. Precisamos
discutir alguns negócios.
Seu tom sério e seu
olhar determinado imediatamente me fizeram perceber que o convidado que ele esperava
era importante.
Eu realmente precisava
saber quem era a pessoa, então decidi enrolar e tentei beijá-lo para ganhar
tempo, mas ele me empurrou novamente.
— Não me faça agir com
maus modos, Danielle.
— Certo, você ganhou —
suspirei em rendição. Quando cheguei à porta, tudo o que ouvi foi Aleksej
atender o telefone e dizer aos guardas para deixar o convidado entrar. Ele
falou em russo, mas eu entendi cada palavra com clareza e sabia que, se
quisesse me bater com aquela pessoa, teria que encontrar uma desculpa para
descer pelo corredor e escada principal.
Lentamente, fiz meu
caminho até a porta e saí.
Em vez de retornar ao
quarto que me foi designado, continuei pelo corredor central que dava para uma
imponente escada que se bifurcava simetricamente em duas direções opostas,
ambas dando acesso ao salão do térreo.
Com grande satisfação,
vi o convidado de Aleksej chegar. Ele usava óculos escuros que escondia seu
rosto, mas havia algo familiar nele.
Eu comecei a andar
ainda mais devagar, esperando por ele no topo da escada para passar por ele.
Ele me lançou um olhar
rápido que não me escapou, mas continuou fingindo que nada havia acontecido.
Eu queria me aproximar
e falar com ele, mas sabia que minha atitude seria muito suspeita e não poderia
fazer uma jogada com o mesmo homem com quem Aleksej contrabandeava diamantes ou
os trocava por outra coisa.
Eu estava esperando
por esse momento há oito meses. Cheguei
até a ir para a cama com aquele russo só para ter acesso à sua casa, onde sabia
que aconteciam seus encontros mais interessantes e lucrativos. E agora minha
chance havia chegado!
O homem passou por mim
e eu fingi indiferença, mas quando estava prestes a descer as escadas, inalei
sua loção pós-barba. Era um perfume muito peculiar e caro.
Só conhecia um homem
que usava aquela loção.
Um homem com quem tive
um relacionamento que durou quase um ano, mas que não passaram de encontros
sexuais esporádicos e rápidos e bate-papos curtos, quase sempre relacionado ao
trabalho ou no que sonhávamos fazer.
Fazia quase um ano
desde a última vez que o vi, mas agora, de uma única vez, minha mente delineou
o perfil do meu ex: cabelos loiros, olhos azuis, queixo quadrado, nariz adunco,
estatura e peso médios…
— Ryan! — Eu sufoquei
um grito.
De repente eu me virei
em choque.
Ele também se virou
para mim e tirou os óculos.
Ele estava com cabelos
mais compridos e uma barba por fazer, mas era ele. Como isso era possível?
Pensei naquele ano que
passamos juntos e nos problemas que tivemos… Lembrei-me de todas as
vezes que confidenciei a ele minhas suspeitas de que alguém próximo a mim
estava me traindo.
— Como você pôde fazer
isso comigo? — Eu entendi imediatamente tudo o que aconteceu. Era ele quem
estava boicotando os meus projetos desde o início.
Só então percebi o
quanto ele na verdade me usou e como tentou comprometer meus planos.
Instintivamente,
procurei minha Beretta escondida no bolso da saia, só então me dando conta que
a havia deixado no meu quarto quando Aleksej me chamou.
Ryan fez o mesmo e de
repente estava com o cano de sua arma apontado para mim.
— Kendra, não leve
isso para o lado pessoal, mas apenas um de nós pode sair vivo daqui.
— Não precisa terminar
assim. — Eu tentei convencê-lo, descendo as escadas lentamente, sem virar as
costas para Ryan.
Agora estava claro que
ele logo me trairia e contaria tudo para Aleksej, e então não haveria
escapatória para mim. Eu tinha que fugir daquela mansão e rápido!
Além disso, a raiva
pela humilhação que sofri só me fez querer tirar o meu celular do bolso e ligar
imediatamente para os meus contatos e avisá-los para não confiarem em Ryan.
— Que diabos está
acontecendo? — A voz de Aleksej trovejou, atraindo a atenção de Ryan.
Eu tinha experiência o
bastante para entender que estava enrascada, então fiz a única coisa que ainda
podia fazer. Peguei meu celular e rapidamente digitei uma mensagem, explicando
o que havia acontecido.
— Largue esse
telefone! — gritou Ryan comigo, perdendo a cabeça assim que percebeu o que eu
estava fazendo, me impedindo antes que eu pudesse enviar a mensagem.
Eu vi Aleksej parando
Ryan com um aceno de mão e vindo em minha direção. Seu olhar parecia uma fina
camada de gelo negro que logo se quebraria, explodindo em mil cacos prontos
para atingir qualquer um perto dele.
Depois de passar oito
meses tão próxima a ele, eu o conhecia o suficiente para saber que ele não
hesitaria em me fazer pagar por cada segundo que passei ao lado dele, o explorando
para conseguir o que queria. O
perdão era a única coisa que ele nunca me concederia.
Não tinha dúvidas
disso.
Ele faria de tudo para
me destruir, mas só depois de me fazer confessar o quão longe eu tinha chegado,
tentando fazer o mesmo com ele naqueles meses.
— Me dê o celular —
sibilou ele em voz baixa a um passo de mim, estendendo a mão.
Dei uma rápida olhada
na tela, sentindo falta dos celulares antigos que usavam teclas, fáceis de
reconhecer só de passar o dedo por cima, em vez de ter que olhar.
Eu só tinha que
pressionar a tecla Enter com o polegar.
Eu estava prestes a
pressioná-la quando vi a mão rápida de Aleksej me alcançar. Eu mal tive tempo
de mover meu braço para evitá-lo, mas ao mesmo tempo um tiro ecoou por toda a
mansão.
Eu nem percebi a bala
direcionada a mim, até que uma dor aguda no meu peito tirou o meu fôlego e me
empurrou para trás, me fazendo perder o equilíbrio.
Os saltos dos meus
sapatos perderam o apoio e, antes que eu pudesse me agarrar ao braço de
Aleksej, que estava esticado em minha direção, caí no vazio.
Mal senti o toque dos
dedos de Aleksej antes de iniciar a descida em direção ao meu fim.
A última coisa da qual
me lembro foi de dizer fracamente o nome dele como um pedido desesperado e
absurdo de ajuda e depois… a dor.
Só a dor teve o poder
de me convencer de que ainda estava viva, apesar da bala alojada a poucos
centímetros do esterno e das repetidas batidas nos degraus da escada, sobre os
quais rolei violentamente até o fundo.
E, finalmente, somente escuridão.